segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

13/02 - COMPROMETIMENTO COM O REINO DE DEUS

Em nossa leitura até aqui, mergulhamos numa relação apaixonada com nosso Deus. Não há nada mais importante. Ao mesmo tempo, para ser coerente, essa relaçào acaba levando-nos a um compromisso absoluto nào apenas com o Rei, mas também com seu Reino. Infelizmente, conhecemos bem pouco a respeito disso. Durante esta leitura, ganharemos uma visão panorâmica do Reino, entenderemos por que a falta dessa visão nos diexa em crise e reconheceremos quatro dimensões que precismos viver para sermos verdadeiros cidadãos do Reino de Deus.
Visão panorâmica do Reino de Deus
Seis cegos ouviram falar do animal incrível que se chama elefante. Querendo conhecê-lo pessoalmente, foram ao zoológico e tiveram permissão para tocá-lo. Cada um que se parocimou foi relatando com profunda convicção que entendia, agora, o que era um elefante. Um percebeu que era uma imensa parede; o segundo, o tronco de uma árvore; o terceiro, uma lança perigosa; o quartto, uma corda forte; o quinto, uma cobra grande; e o último, uma imensa ventarola (referia-se à orelha do elefante). Provavelmente fazemos a mesma confusão quanto ãs perspectivas do Reino de Deus entre nós.
Para muitos, o Reino é um conceito teológico que, de fato, nào se entende bem. PAra alguns, é algo do passado, relacionado a Jesus e aos tempos em que ele  esteve aqui. Outros o enxergam como algo futuro, que conheceremos quando Jesus voltar. Outros ainda dizem que é algo espiritual que atinge todo crente, expresso de forma coletiva na igreja. E algumas pessoas são bem gerais, quando dizem que é algo que abrange todas as esferas onde Deus está presente, seja individual ou coletiva, particular ou pública, de lazer ou trabalho, secular ou eclesiástica. Veja de forma panorâmica o Reino de Deus:
- A Bíblia inicia em Gênesis 1, com um chamado divino para o homem dominar (reinar), e encerra em Apocalipse, com a Revelação e o triunfo final do Rei dos reis e os que reinarão com ele.
- O ministério de Jesus, descrito nos evangelhos, abre com a declaração que o Reino de Deus está próximo e fecha com ele proclamando que toda autoridade lhe foi dada na terra e no céu.
- O livro de Atos abre com Jesus ensinando por quarenta dias sobre o Reino de Deus e encerra com a mesma proclamção por parte de Paulo.
- O arrependimento é a porta inicial para entrar no Reino, como também aquela pela qual continuamos a aprofundar nossa visão e experiência do Reino de Deus.
- Somos chamados a priorizar o Reino de Deus, buscando-o antes de quaisquer outras coisas.
- O alvo de Deus é que seu reino se revele aqui na terra e que sua vontade seja feita na terra como no céu.
- Jesus costumava ir de cidade em cidade, pregando e demonstrando as boas notícias do Reino de Deus.
- Com boa razão, o Sermão do Monte é chamado de "Contistuição do Reino de Deus", falando do Reino mais de dez vezes.
- Os discípulos de Jesus foram enviados a proclamar e a demonstrar o Reino de Deus, tanto os 12 como os 70.
- A maioria das párabolas de Jesus explica o Reino de Deus.
- Uma amostra de que o Reino de Deus chegou é a expulsão de demônios.
- Quando o evangelho do Reino for pregado em todo o mundo, a todas as nações, então virá o fim.
- O Reino de Deus está dentro de nós, entre nós e sendo expresso no mundo.
Nossa crise
Se o Reino de Deus foi tão central para Jesus e para a igreja primitiva, por que ouvimos falar tão pouco dele hoje? Em parte, porque muitos têm dificuldade em enxergar que o Reino se expressa hoje, vendo-o mais como algo que pertence ao passado ou ao futuro. Na verdade, o Reino tem seu alicerce no passado, quando Jesus estava ainda aqui na terra. Ao mesmo tempo, revela-se no presente, por que Jesus reina em nós, e expressa e estende seu Reino através de nós. Finalmente, será consumado e revelado em sua plenitude no futuro, quando Jesus voltar e colocar todas as coisas debaixo de seus pés. Assim como nossa salvação pertence ao passado, presente e futuro simultaneamente (fomos salvos, estamos sendo salvos e seremso salvos), também o Reino de Deus foi introduzindo por Jesus, se expressa hoje em nós e através de nós, e será realizado plenamente no fim dos tempos.
Estamos em crise? Possivelmente estamos, sem percebê-la bem. veja algumas diferenças entre a fé e vida da igreja primitiva e a nossa. O nome comum pela qual os membros da igreja primitiva foram conhecidos era "discípulo". O nome comum hoje em dia seria "cristão". Mas essa designação era muito rara nas primeiras décadas da igreja. Apenas aparece no Novo Testamento três vezes, em geral como nome usado por pessoas não crentes para falar dos crentes. Se perguntássemos para os membros da igreja primitiva se eles eram cristãos, provavelmente ficariam confusos quanto aos significado do nome. Hoje, se perguntarmos para os membros da igreja se são discípulos, também ficariam confusos. O nome discípulo ous discípulos parece 289 vezes no Novo Testamento . Qual é a ênfase no NT: discípulo ou cristão? Qual é a ênfase hoje? Percebe nossa crise?
De forma parecida, Jesus é bem mais conhecido como Senhor no NT do que como Salvador. Ele é chamado  de SEnhor 664 vezes; de Salvador, apenas 24. Qual é a ênfase no NT? Qual é a ênfase em nossas igrejas hoje? Um foco no primeiro reflete o senhoria de Cristo, o Reino dele e a nossa entrega; o segundo foco reflete o que nós recebemos, os nossos beneficios. Percebe nossa crise?
Qual é o evangelho que estamos pregando? O evangelho do Reino?  Será que o crente morno e fraco, que vemos tanto em nossas igrejas, tem a ver com o tipo de semente que plantamos?
Deixe-me oferecer uma definição: "O Reino de Deus é a esfera (domínio) crescente e vivificante, na qual o governo de Cristo é reconhecido, obedecido, procurado e desfrutado".
O Reino de Deus; não é para eu criar um reino próprio, meu. Cresce de forma irresistível, como uma semente de mostarda ou como o fermento que enche a massa toda. Ministra vida abundante a todos que entram nele ou chegam próximo. É um governo absoluto, uma teocracia, nào uma democracia. Ao mesm otempo, o rei nào impõe sua vontade; aguarda que sua autoridade seja reconhecida. Mas não é suficiente reconhecer intelectualmente sua autoridade; os prórpios demônios fazem isso. Precisamos obedecer a Deus, ser verdadeiros discípulos, aqueles que vivem a realidade de seu senhorio em todas as dimensões da vida.
Mas ser obedientes também nào é o suficiente! Os anjos são obedientes, mas Deus quer mais de nós. que r que nós procuremos a ele e a seu Reino, desejando-o, ansiando por ele, tendo fome e sede dele. Afinal de contas, ele não quer que sejamos apenas servos ou pessoas sob seu domínio, e sim filhos do Rei que realmente desfrutam seu Reino. Este é o propósito do homem: conhecer Deus e desfrutar dele para a eternidade!
Quantas igrejas não pregam um verdadeiro evangelho do Reino! Quantos crentes não vivem como verdadeiros cidadãos do Reino. Será que haverá um monte de pessoas "crentes"ouvirão de Jesus no fim dos tempos: "Afasta-se de mim, eu nunca o conheci"? Estamos em crise?